terça-feira, 29 de setembro de 2009

Como ocorre?

A causa do câncer de mama não é conhecida. Qualquer mulher pode desenvolver câncer de mama e apesar de muito menos comum, homens também podem. Algumas mulheres são mais propícias a desenvolver câncer do que outras se apresentarem os seguintes fatores :

- Ter mãe ou irmã com câncer de mama
- Nunca ter tido filhos
- Ter tido o primeiro filho após os 30 anos
- Histórico de exposição a radiação
- Fumar
- Terapia hormonal (estrogênio)
- Uso excessivo de álcool
- Ferimento no seio


Quais são os sintomas?

Na maior parte das vezes o primeiro sinal do câncer de mama é um pequeno nódulo no seio. O nódulo é geralmente indolor que pode crescer lenta ou rapidamente.

Outros sintomas do câncer de mama incluem:

- Mudança de cor, reentrâncias, enrugamentos, ou elevação da pele em uma área do seio
- Uma mudança do tamanho ou formato do seio
- Secreção no bico do seio
- Um ou mais nódulos nas axilas

Como é diagnosticado?

Para descobrir o câncer de mama o mais rápido possível, você deverá, a partir do momento que tiver idade suficiente para ter exames ginecológicos anuais:

- Fazer um auto exame mensal
- Fazer exame médico pelo menos uma vez ao ano
- Fazer uma mamografia entre 35 a 39 anos de idade. A partir daí, após os 40 a cada 1 ou 2 anos, de acordo com o programa recomendado pelo seu médico. A partir dos 50 anos, você deve fazer uma mamografia a cada ano. Se você apresentar características de alto risco de câncer de mama, você deve começar a fazer mamografias regulares aos 35 anos ou menos.

A maior parte dos nódulos não são câncer. Na maioria das vezes eles são cistos com fluidos no tecido do seio que aumentam e diminuem com o ciclo menstrual. Mas todo nódulo deve ser avaliado.A avaliação normalmente envolve:

- um exame médico
- uma mamografia
- uma biópsia de agulha ou cirúrgica (estes testes devem ser feitos mesmo que o nódulo não seja visto na mamografia)

Se fizer biópsia de agulha (também chamada de aspiração de agulha), primeiramente será aplicada uma anestesia local para adormecer a área do seio que será analisada. Então o médico insere uma agulha dentro do nódulo e retira o fluido ou tecido dele. Se o fluido completar a agulha, o nódulo é um cisto de fluido e não câncer. Remover o fluido também faz o nódulo desaparecer. O tecido retirado pela agulha será examinado no laboratório.

Se fizer biópsia cirúrgica, será aplicada uma anestesia local por seu médico que fará um corte no seio e removerá o nódulo. Este tecido será examinado através de um microscópio. Um teste receptor de estrogênio (ER) poderá ser feito com a amostra da biópsia para ver se os hormônios promoveram o crescimento do tecido cancerígeno. Um nódulo linfático também pode ser removido das axilas para que se verifique se o câncer estendeu-se além do seio.

Como é tratado?

Se um nódulo do seio é cancerígeno, a decisão para tratamento será feito por você, seu cirurgião, e seu oncologista (especialista de câncer).Estas decisões serão baseadas no tipono tamanho do câncer e se ele estendeu-se para o nódulo ou para outras partes do corpo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A vida como ela é após o cancer de mama



Ter um diagnóstico de câncer de mama é extremamente complicado, difícil e perigoso para a mulher. Isto porque, segundo o INCA-Instituto Nacional do Câncer, só em 2005, a doença atingirá cerca de 49 mil mulheres e destas provavelmente 10 mil morrerão. A incidência da doença e a mortalidade são altas e levantamentos recentes apontam um crescimento nos índices na última década. São inegáveis as melhorias nos registros dos casos, nas campanhas e iniciativas de conscientização sobre o controle da doença, no desenvolvimento das técnicas cirúrgicas de retirada, conservação e reconstrução da mama. Mas ainda é pouco, muito pouco e por isso é válida a afirmação inicial.Um diagnóstico de câncer de mama é complicado, porque não há ainda no país programas eficientes de assistência à saúde da mulher, voltados para o rastreamento, acompanhamento e diagnóstico precoce, importantes no controle da segunda doença que mais acomete as mulheres no Brasil. Existe sim, um documento de consenso, publicado pelo ministério da saúde em 2004, com recomendações técnicas referentes ao controle da doença através do rastreamento e diagnóstico precoce. Esse documento deverá nortear as ações públicas do ministério da Saúde e pretende envolver toda a sociedade civil organizada. O câncer de mama também é difícil e perigoso, porque, além de não existir um controle e programas específicos para o acompanhamento da saúde da mulher, o risco de se detectar a doença em estágios avançados é grande. Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos incidentalmente pela própria mulher em estágios onde a doença tem maiores probabilidades de ter se espalhado para outras partes do corpo.O Brasil possui cerca 170 milhões de habitantes e desse total, quase 85 milhões são mulheres. Mas nem todas estão na faixa de risco da doença. Apenas mulheres entre 40-69 anos, ou seja, cerca de 21 milhões de mulheres deveriam estar sendo assistidas num programa de controle da doença e desse total, somente as que apresentarem um risco elevado de desenvolver a doença, deverão ter um acompanhamento mais rigoroso. O câncer é a doença do silêncio e do prejuízo: psíquico, econômico, social. Sua origem e desenvolvimento são silenciosos, o estigma da doença é fortíssimo e o medo quase sempre incontrolável. Na verdade o câncer de mama causa um transtorno geral à vida da mulher, pois geralmente se manifesta numa fase em que somos altamente produtivas em todos os sentidos, e isso sem levar em conta o aumento da incidência da doença em mulheres cada vez mais jovens e o aumento da expectativa de vida. O tratamento é longo, doloroso e caro. Tanto para a mulher, sua família, quanto para o trabalho, empregadores, planos de saúde, para o SUS - Sistema Único de Saúde e para a previdência social. 65% das mulheres utilizam o SUS e o tratamento pode levar mais de um ano e ainda assim não ser satisfatório, no que se refere à expectativa de sobrevida, devido ao diagnóstico tardio. Mas os transtornos não param ao final do tratamento. Os danos psicológicos levam um tempo ainda maior para serem elaborados, simbolizados, controlados. Ser sobrevivente de um câncer não é o mesmo que ganhar na loteria, uma felicidade geral. É sim, ter que ganhar um dia por vez e todos os dias. É conviver com o medo, com a angústia, com o silêncio imposto pela doença. E ainda com a ausência e o despreparo dos profissionais que deveriam acompanhar a mulher daí por diante, dando-lhe suporte psicológico e fisioterápico adequados.Se pudéssemos, em palavras, descrever a fase que se segue após a cura de um câncer de mama, certamente esta etapa seria sintetizada pelas palavras, dúvida, desorientação, (des) informação.A primeira fase, da descoberta, do diagnóstico do tumor e os tratamentos, é a hora do pesadelo. Muita dor, raiva, ódio, angústia, incerteza, medo da morte, da mutilação, do tratamento, da invalidez e muitas outras perdas.Muitas questões que preocupam a mulher, não são respondidas ou pior, quando são, nos encontram impossibilitadas de compreendê-las, porque na maioria dos casos, estamos acometidas por cegueira, surdez e mudez, devido ao medo.Então vem o day after, que nesse caso, pode levar um ano ou mais no caminho da cura, e com ele as várias interrogações. A doença pode voltar? O que posso ou não, fazer? Posso voltar a trabalhar na mesma atividade? Posso engravidar? Como retomar e manter meu relacionamento sexual? Como iniciar um relacionamento com alguém? Sou deficiente? Posso aposentar? Para que serve a fisioterapia? Corro risco do braço inchar? Tenho que usar aquelas luvas de compressão? Posso ir à praia, tomar sol? Posso carregar peso, cozinhar, dirigir, bordar, fazer tricô, andar de avião? Por que ninguém responde o que eu preciso tanto saber?Sobre a doença, o tratamento, os cuidados, os médicos dão suporte nesse primeiro momento. Mas como viver o dia-a-dia daí por diante, com a cabeça virada 360° para lugar nenhum... Só as mulheres sobreviventes podem contar isso, quando conseguem vencer o medo de reviver o pesadelo chamado câncer. E é como sobrevivente, aos trancos e barrancos, com todas estas dúvidas e zilhões de outras mais, é que me propus a ajudar, escrevendo neste blog, clareando alguns pontos e respondendo, não todas, mas algumas questões de como se viver depois de um câncer.Não há um programa nacional de controle da doença e para acompanhamento das mulheres mastectomizadas, ainda. Mas há boas iniciativas isoladas, de associações, grupos comunitários, de profissionais da área médica, ONG’s, universidades, faculdades, hospitais. Muitas ações são voltadas para pesquisa, mas há também, ainda que florescente, a preocupação com a saúde psíquica da mulher. Especialistas em psico-oncologia para cuidar exclusivamente de pessoas vítimas do câncer. Por isso, nós (vítimas ou não da doença) não podemos ficar caladas, escondidas debaixo da cama, morrendo de medo e cheias de dúvidas e informações errôneas. Vamos gritar, falar, agilizar, buscar, exigir, pressionar: as “autoridades incompetentes, sabem que estamos na fila e a fila não incomoda (?)...” Capital Inicial.

Falando do cancer de mama

A técnica varia conforme a quantidade de mama retirada. Quando é pouca, pode se apenas remodelar o seio. Outra alternativa para casos de mamas médias ou grandes é utilizar o próprio tecido mamário da parte inferior do seio para preencher a depressão . Fica um cicatriz vertical ou em forma de "T" invertido e outra no local da reconstrução quando ela é na parte superior da mama. Se houve retirada de uma área grande, a solução éReconstrução: Quadrantectomia(Informações e fotos retiradas da revista: Cláudia Nº 5 Ano: 38 Maio/99)
A técnica varia conforme a quantidade de mama retirada. Quando é pouca, pode se apenas remodelar o seio. Outra alternativa para casos de mamas médias ou grandes é utilizar o próprio tecido mamário da parte inferior do seio para preencher a depressão . Fica um cicatriz vertical ou em forma de "T" invertido e outra no local da reconstrução quando ela é na parte superior da mama. Se houve retirada de uma área grande, a solução é transportar a gordura e a pele das costas ou da região abaixo da axila para a mama. Nos casos em que a qualidade da pele é boa, pode-se optar ainda pelo implante de prótese. Ma maioria das vezes é necessário remodelar também a outra mama para deixar o par igual. Anestesia: geral. Duração: de 1 a 4 horas
Antes da retirada do tumor da mama esquerda.
Como sobrou bastante mama, o médico fez apenas remodelação e diminuiu a outra para igualar o par.
O mamilo foi feito com tecido da própria mama e a aréola com tatuagem transportar a gordura e a pele das costas ou da região abaixo da axila para a mama. Nos casos em que a qualidade da pele é boa, pode-se optar ainda pelo implante de prótese. Ma maioria das vezes é necessário remodelar também a outra mama para deixar o par igual. Anestesia: geral. Duração: de 1 a 4 horas
Antes da retirada do tumor da mama esquerda.
Como sobrou bastante mama, o médico fez apenas remodelação e diminuiu a outra para igualar o par.





Reconstrução: Quadrantectomia(Informações e fotos retiradas da revista: Cláudia Nº 5 Ano: 38 Maio/99)
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segunda-feira, 27 de julho de 2009

como são as mamas?


As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para fora pelo mamilo. Como todos os outros órgãos do corpo humano, também se encontram nas mamas vasos sanguíneos, que irrigam a mama de sangue, e os vasos linfáticos, por onde circula a linfa. A linfa é um líquido claro que tem uma função semelhante ao sangue de carregar nutrientes para as diversas partes do corpo e recolher as substâncias indesejáveis. Os vasos linfáticos se agrupam no que chamamos de gânglios linfáticos, ou ínguas. Os vasos linfáticos das mamas drenam para gânglios nas axilas (em baixo dos braços) na região do pescoço e no tórax.

cancer de mama

Sintomas do câncer de mama:

O câncer de mama normalmente não dói. A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama pedirá uma mamografia.

A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.

No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.

Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer.

Tratamento para o câncer de mama:

Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.

Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.

As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.

Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.

Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona)